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O suicídio de Durkheim

A depressão e a baixa estima são consequências das agressões virtuais que geram traumas.
As agressões podem ter consequências irreversíveis na vida da vítima. Quando ocorridas na infância podem desencadear dificuldades de aprendizagem e transtornos psicológicos, comprometendo o seu desenvolvimento e podendo acarretar em problemas futuros como comportamentos antissociais e dificuldade de manter uma relação afetiva.
Esses fatores somados com a dificuldade de lidar com a pressão, muitas vezes pode levar ao suicídio, que é uma forma encontrada de colocar um fim à perseguição. Se os suicídios puderem ser explicados apenas por fatores psicológicos, acabamos assim desresponsabilizando a sociedade, porém se formos atribuir a causa à fatores sociais, caímos na teoria do sociólogo francês Émile Durkheim. 
No livro escrito no século 19, chamado O Suicídio, Durkheim o explica como “todo o caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”. Segundo sua etimologia, existem três tipos de suicídio: o egoísta, o altruísta e o anômico.
No egoísta, a relação entre indivíduos e a sociedade se afrouxa fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver. A exclusão social é um exemplo claro dessa situação.
No altruísta, o indivíduo sente como se obedecesse ordens sociais que funcionam como coerção do coletivo e age dessa forma pois pensa estar beneficiando o restante da população. Exemplo disso são sentimentos patrióticos ou até mesmo ataques terroristas do extremismo religioso, como os homens bomba. 
No anômico, algum fato faz com que a taxa de suicídio cresça muito em curto período, mudança abrupta nacional ou mundial como por exemplo a crise econômica. 

O cyberbullying está na categoria de suicídio egoísta de acordo com o sociólogo, pois é construído a partir da sensação de isolamento dos grupos. Portanto, assim como os outros dois tipos, são unicamente causados pela influência social. 
Em 1897 não havia internet, mas já havia a teoria que mostrava que o suicídio pode mesmo ser causado por sentimentos de solidão e exclusão. Com o surgimento de mídias e redes, isso se intensificou e é cada dia mais fácil se sentir vazio e reprimido. 

Depois de estudar Durkheim, você ainda consegue pensar que ele/ela se matou "só por causa disso"? 

Espelho negro

Contém spoiler
A série Black Mirror foi feita com o objetivo de mostrar o reflexo de uma sociedade altamente tecnológica, mas dessa vez, com um gostinho amargo de engolir.
Sabemos de todos os benefícios que traz a internet e dos bons feitores que a acompanham, mas sabemos realmente os níveis mais extremos de prejuízo que podem acarretar para a sociedade?
O episódio "Odiados pela nação" faz ponte direta entre cyberbullying e tecnologia. Pessoas de todo os locais do mundo, quando tomam atitudes consideradas "ruins" pelo restante dos internautas, viram alvos da hashtag #DeathTo (morte para) no Twitter.
Misteriosamente, as pessoas mais odiadas, portanto, as mais mencionadas pela hashtag, morrem.
Podemos interpretar esse fato tanto ao pé da letra, (a tecnologia chega em um estágio de tomada de decisões onde escolhe quem vive e quem morre, precisando minimamente da supervisão humana) ou podemos olhar como representação das consequências de mensagens de ódio para pessoas que se consideram "desenvolvidas" por tudo que fizeram cientificamente falando, mas acabam praticando o falso moralismo e tirando uma vida.
Ambas mostram que uma hashtag que pede a morte de alguém pode realmente tornar isso uma realidade, seja em um assassinato na ficção, ou em um suicídio da vida real, porque afinal, se milhões de pessoas desejam a minha morte, no fim do dia eu posso desejá-la também.
Para algumas pessoas, não são necessárias milhares de ofensas de milhares de pessoas para que a mesma perca a vontade de viver. Apenas uma ofensa de uma pessoa pode ser o suficiente.
Será que esse espelho está a anos de distância do nosso cotidiano, ou apenas alguns passos?
Se ainda não viu a série ou esse episódio, assista e nos conte o que achou do texto e da relação com a perseguição virtual!




Formando indivíduos

A adolescência é o período de transformação mais intenso da vida do indivíduo. As mudanças são biológicas, cognitivas e sociais. Na capacidade cognitiva, os adolescentes formam opiniões e o senso de crítica a respeito do mundo. Na dimensão social, esse garoto ou garota enfrenta pressão acerca de quem ele /ela é e de quem quer ser. A descoberta de mundo que pode ou não decepcioná-lo (a), a expectativa e demanda que recai sobre ele. No âmbito biológico, o desenvolvimento que conhecemos como puberdade modifica o corpo todo, e até o cérebro. A fase em que os “hormônios estão à flor da pele”. O adolescente contemporâneo, além de todos esses fatores, vive a realidade da tecnologia que evolui a cada dia. Tirando o tempo que passa na escola, dispõe da maior parte do restante para o uso de dispositivos móveis e da internet, portanto, grande parte da realidade é virtual. Esse mergulho no ambiente online traz um desafio para a escola e para os pais: controlar a violência virtual que os colegas cometem um contra o outro e que muitas vezes cometem contra os professores. De acordo com enquete realizada pelo próprio grupo, cujo o total de respostas foi de 206 pessoas, aproximadamente 62% tinha de 10 a 15 anos quando sofreu o episódio de bullying virtual, ou seja, a maioria frequentava o ensino fundamental. Por essa razão, nosso grupo conversou com JozimeireStocco, doutora em educação e diretora geral do Colégio Stocco, que atua na formação de crianças e adolescentes dessa faixa etária. Jozi conta que trabalha com a integração entre a educação e a tecnologia, ou seja, pensa que ambos devem caminhar juntos, pois reconhece seus benefícios. Ao incorporar as tecnologias móveis, o Colégio adotou estratégias para a conscientização do uso . O colégio acrescentou IPad na lista de materiais para os estudantes e realizou palestras para os mesmos, para a família e professores com autoridades da esfera do direito e da área de comunicação para passar a ideologia do uso sábio da internet. Os palestrantes mostraram a visão dos rastros que são deixados na rede,crimes virtuais, punição legal, etc. O uso dos IPads é monitorado para que sejam utilizados apenas para fins educacionais durante as aulas. A diretora também explica que os riscos diminuem quando há conscientização recorrente, e não apenas pontual: “Essa educação tem que ocorrer no dia a dia, por meio de diversas ações, como as palestras coletivas, ações individualizadas de orientação, inclusive de advertência se forem necessárias. Devemos mostrar os benefícios que a internet traz, mas também o que ela ocasiona, por isso é tão importante que eles aprendam a se proteger.”. Jozi enfatiza que o colégio precisa estabelecer um vínculo com a família, no caso do Stocco por exemplo, realizam palestras, eventos e reuniões, para que sempre que forem notados problemas comportamentais, haja uma parceria forte para resolver. “Nem a escola e nem as famílias conseguem educar sozinhos. Temos controle enquanto o estudante está dentro da escola, a partir do momento que toca o sinal, a família necessita ficar atenta com o uso de dispositivos.” O cuidado que os orientadores tomam para preservar o assédio virtual, segundo Jozi, é acompanhamento, supervisão, acolhimento e carinho para impedir que determinadas situações venham a prejudicá-los futuramente . Por essa razão, o colégio e as famílias precisam estabelecer limites a fim de que as crianças fiquem um passo mais perto de um ambiente pacífico, com respeito acima de tudo.

O olhar da psicologia

Com o crescente e intenso uso das redes sociais, as pessoas levaram para o ambiente virtual as relações interpessoais, convivendo menos presencialmente umas com as outras, tornando esses relacionamentos superficiais. Camila Teodoro Godinho (31), formada pela Universidade Metodista de SP em 2009, e especialista em terapia comportamental pela USP, cedeu entrevista, e contou seu olhar como profissional na área, a respeito do cyberbullying. “O cyberbullying traz diversos danos psicológicos a adolescentes e adultos, pois carregam o peso de não se enquadrarem aos padrões estabelecidos pelo que as pessoas postam ou que consideram ser o correto”. Desta forma, o adolescente passa a buscar aquilo que não tem, e o que não é, para se sentir parte do grupo, e as consequências dessa procura pode causar transtornos psicológicos, traumas, sentimento de rejeição e humilhação. Mas a questão é: As pessoas tem procurado ajuda profissional? Esses danos causados nas mentes dos jovens são reversíveis? A psicóloga conta que hoje os adolescentes tem uma ideia mais clara do que é terapia psicológica e aceitam mais facilmente passar em sessão. “Eu mesma já atendi diversos que trazem seus medos, angústias e aprendem a lidar melhor com esse mundo socialmente construído de forma capitalista”. O autor do bullying não só sente prazer em diminuir o outro, como também se sente superior, caracterizando o praticante como uma pessoa individualista e egocêntrica. E essas ações são um reflexo da sociedade, que divide os bons dos maus, e os certos dos que não se encaixam. Diante de tudo isso, sabemos que existe solução tanto para o praticante do cyberbullying, quanto para o autor. Nosso país está cheio de profissionais capacitados, como a Camila, prontos a te ajudar a inventar outra história. Portanto não seja espectador do cyberbullying, não colabore para a destruição da autoestima de alguém e não fique parado. Denuncie.
 Clique aqui para ler a entrevista
 Texto: Fernanda Hernandes

Entrevista Ping Pong com Camila Teodoro

P: O tema abordado é cyberbullying, e eu gostaria de saber qual o seu olhar como profissional da psicologia. Como você acha que isso tem afetado a vida das pessoas que sofrem? Quais os danos causados? R: Todos nós somos seres humanos e convivemos em sociedade. Algumas pessoas convivem de forma mais natural, outras tem determinadas dificuldades que as impedem de viver plenamente este convívio. Com o surgimento das tecnologias e utilização em massa das redes sociais, as pessoas passaram a conviver menos umas com as outras presencialmente, e isso dificulta a troca de afetividade e verdade sobre si. Desta forma, as relações se tornam artificiais, pois estão sempre buscando a perfeição, e no momento em que percebe-se que não é possível estar sempre dentro dos padrões estabelecidos é que começa a ocorrer o cyberbullying. O cyberbullying trás diversos danos psicológicos a adolescentes e adultos, pois carregam o peso de não se enquadrarem aos padrões estabelecidos pelo que as pessoas postam ou que consideram ser o correto. Desta forma inicia-se uma busca pelo que é "aceitável" e é ai que os problemas iniciam. As pessoas passam a viver nesta busca incessante pelo que não pode acessar ou até conseguir. As consequências podem ser avassaladoras, visto que podem ocorrer traumas e transtornos psicológicos causados por tais situações. P: Você acha que os adolescentes têm procurado ajuda como algum tipo de tratamento pra superar esses danos psicológicos ? R: Adolescentes hoje tem uma ideia bem mais clara do que é terapia psicológica, e aceitam mais facilmente passar em sessão. Eu mesma já atendi diversos que trazem seus medos, angústias e aprendem a lidar melhor com esse "mundo socialmente" construído de forma capitalista. P: E você tem alguma ideia de como essas pessoas que cometem cyberbullying se sentem? R: Essas pessoas querem se sobressair sobre as outras, e também sentem prazer em diminuir o outro. As pessoas que cometem bullying e cyberbullyin são pessoas muito narcísicas no sentido de que o meu é melhor. Então, eu zoo você porque assim eu me sinto muito melhor, é prazeroso e eu me torno "vencedor" enquanto você é o "perdedor". Sem contar algumas metodologias que algumas escolas utilizam. Muitas delas fazem competição com seus alunos, da melhor nota para a pior, e aí os alunos que não são tão bons assim sempre ficam no final da fila. As escolas não estarem preparadas e não trabalhar essa questão com os alunos é um problema P: Existiu algum caso, ou em que caso vc precisa alertar a familia? Porque sabemos que as consultas são mantidas em sigilo. R: Ainda não. As consultas são mantidas em sigilo, mas quando é criança e adolescente e está ocorrendo algo muito grave nós fazemos um trabalho de conscientização para que ele entenda que é muito importante que a família dele saiba o que está acontecendo para ajuda-lo também. Então geralmente eles aceitam, e a gente conversa junto com a família dele sobre esse problema grave que está acontecendo, então não é quebra de sigilo porque pedimos permissão para o adolescente, respeitando assim o nosso código de ética e também o estatuto da criança e do adolescente (ECA).

Crônica: A realidade de quem sofre cyberbullying

Foto por Gabriel Vento


Lívia conversava com algumas colegas no pátio da escola, quando foi surpreendida por um garoto novo, que acabara que chegar no colégio, dava pra notar todos conversando sobre ele pelos cantos, se perguntavam de onde vinha, sua idade, queriam saber tudo. Logo todas as garotas ja estavam aos seus pés, inclusive Lívia.
   Ela se aproximou, pois como todos, queria saber mais sobre o garoto novo, ele, muito simpático foi bem receptivo e, então, começaram a conversar.O garoto era bonito e galanteador, não era apenas por ser novo na escola que causou tamanho alvoroço.
   Lívia sempre foi muito apaixonada, não precisava de muito para se envolver emocionalmente com alguém, além do mais não era qualquer alguém, ela sentia uma conexão especial. Começaram a conversar e perceberam que tinham muitas coisas em comum, ele tocava violão, e ela amava música, eram perfeitos um para o outro.
   As outras garotas da escola a invejavam, todas o queriam e ela parecia ter sido a escolhida. Começaram, então, um relacionamento, eram felizes juntos, apesar de serem muito jovens, mantinham uma relação madura que parecia que ia durar.
   A maioria das garotas do colégio ja tinha esquecido ele, era apenas uma paixãozinha do momento, porém, uma delas não se conformava com tal situação, pensava que ela era a pessoa perfeita para ele, e não Lívia, então, começou a espalhar boatos sobre ela, para que chegassem aos ouvidos dele.
   A escola toda falava de Lívia, mas ele não se importava, sabia com quem se relacionava e confiava nela. Ela por sua vez não aguentava mais os boatos, e foi se afastando cada vez mais das pessoas, perdendo a vontade de ir para a escola. O que lhe confortava é que ele se mantinha ao seu lado, e aos finais de semana estava livre daquela situação.
   A relação entre eles estava sólida, e resolveram dar um passo a mais, Lívia não queria, mas ele insistiu em registrar o momento.
   A garota ainda pensava em como infernizar mais a vida de Lívia, quando teve uma idéia, fez uma montagem de uma nude qualquer e fez parecer que era dela de uma conversa com outro garoto, e enviou para a escola toda.
   O namorado de Lívia sempre estava ao seu lado, mas, dessa vez, não poderia perdoar uma traição. Furioso e sentindo-se traído, para se vingar, divulgou o vídeo íntimo que havia gravado em sua página no Facebook, com inúmeros xingamentos para Lívia.
   Ela, já desestabilizada com o término do namoro e falsas nudes na internet, agora tinha que lidar com um vídeo íntimo seu na rede. Ela não tinha para onde fugir, a perseguição foi além do ambiente escolar, alguns na rua a conheciam, e nas redes sociais recebia várias mensagens de ódio, xingamentos e alguns até desejavam que ela morresse.
   Lívia se via em um beco sem saída, ela estava em estado depressivo, não tinha vontade de fazer nada, muito menos ir para a escola, não tinha contado nada aos seus pais, mas sabia que alguma hora iriam descobrir.
   Ela se sentia sozinha, a pior pessoa do mundo, que ninguém a amava ou se importava com ela, todos os seus planos e sonhos para o futuro tinham ido por água a baixo, ela não queria mais sentir o vazio que estava sentindo, foi então que decidiu tirar a própria vida. Parecia a melhor saída.
   Ela faltou à escola naquele dia, seus pais perceberam algo diferente em seu comportamento, mas pensaram que ela apenas estava triste pelo término do namoro, e que logo ia passar, ela esperou eles saíram e tomou alguns remédios que haviam na cabeceira de sua mãe.
   Ela teve sorte, apesar de ficar muito mal, os remédios não foram letais, seus pais ja haviam descoberto os motivos pelo qual ela havia tentado se matar, se culpavam por não dar mais atenção ao que se passava na vida de sua filha, mas ao descobrirem lhe deram atenção exclusiva, conversaram com ela e queria que tivesse acompanhamento psicológico.
Ela aceitou a ajuda, sempre foi uma garota centrada e segura de si mesma, mal podia acreditar em como o cyberbullying havia transformado sua vida.
Resolveram denunciar toda a ação com os prints das mensagens ofensivas à Polícia Civil, esperando que fossem tomadas as providências adequadas na questão de crime virtual.
   Lívia se tratava e recuperava sua vida antiga aos poucos, voltava a ser a pessoa que era antes, tinha sorte de contar com o apoio dos pais, e percebeu que podia ter feito uma grande burrada tirando sua vida, que haviam pessoas que a amavam verdadeiramente e que se importavam com ela, sua família.
   Apesar de praticamente recuperada, o cyberbullying sempre vai ser um passado sombrio em sua vida, uma lembraça de dor e violência, algo que marcará sua história para sempre. Pois, por mais que as feridas se curem, sempre haverá as cicatrizes, para não deixar esquecer o mal que ela sofreu no passado.

Texto: Mayne Cristina

  
   


E aí pessoal??? Fizemos um incrível trabalho de vídeo que vamos postar amanhã (31/10) nas nossas redes sociais. Essa é uma chamadinha com um texto explicativo. Fiquem ligados pra acompanhar bem de pertinho o que estamos preparando pra vocês. 


Para entender de vez o cyberbullying, é necessário tomar consciência de como ele começa e porque ocorre.
Partindo desse ponto, é requisito básico reconhecer que vivemos em sociedades com culturas que privilegiam determinados gêneros, raças, status sociais, e padrões estéticos e a partir disso, passaremos a entender o motivo de indivíduos se sentirem melhores do que outros.
Historicamente, a raça branca se colocou como superior em diversos momentos. A escravidão é um ótimo exemplo disso, no qual a concentração de melanina na pele diria se uma pessoa seria submetida a condições degradantes de vida e trabalho desumano. Trazendo para a antropologia, o etnocentrismo é a teoria que melhor explica isso. Etnocentrismo, como a própria palavra insinua, é colocar certas etnias ou culturas no centro do universo, como se tudo girasse em torno delas, e como se fosse a única correta, ou a melhor de todas.
Mas aí você pensa... O que isso tem a ver com cyberbullying?
E eu te respondo: Tudo!
A partir de pensamentos misóginos, de preconceito e da falta de tolerância é que surgem as mensagens de ódio, portanto, ainda vemos pessoas negras, com o peso acima do aceito pela sociedade (principalmente estabelecidos pela indústria publicitária), mulheres, homossexuais sofrendo assédio pela internet.
Na contra mão do etnocentrismo, existem os conceitos de alteridade e diversidade cultural. A diversidade cultural traz a ideia de que temos um mundo com milhares de culturas diferentes, com pessoas diferentes e ambientes sociais diferentes, e por isso, ninguém é melhor do que ninguém, a alteridade prevê que a empatia é melhor caminho para entender o outro, e assim aprender a respeitá-lo.
No olhar da sociologia, essa supremacia é explicada por conceitos como o Capital Cultural, Capital Econômico e Capital Social de Bourdier, que aprofundam na questão da desigualdade e seus porquês, podendo ser por bagagem cultural, oportunidades de estudo, ambiente social de relacionamento, poder aquisitivo e etc.
A desigualdade de poder pode causar um fenômeno conhecido como Violência Simbólica,onde os dominados dão legitimidade para que os dominantes continuem exercendo essa relação de poder e assim os que sofrem cyberbullying frequentemente continuem dominados por quem pratica frequentemente, os dominantes.

Quando pararmos de considerar alguns estilos de vida melhores do que outro e aprendermos a tolerar gostos musicais, religiões, times, características físicas, gêneros, orientação sexual que divergem dos nossos, e passarmos a nos colocar no lugar do próximo, o cyberbullying desaparecerá na mesma velocidade em que dominou a internet.

Gostaram? Deixe seu comentário e seu relato na nossa CBOX, curtam nossa página no face.

Filmes e série sobre Cyberbullying



Fala galera, tudo certo? Espero que sim.
Hoje nós separamos quatro  filmes e uma série pra indicar pra vocês com o tema cyberbullying e bullying, então continue lendo e confira a nossa lista.

-A Girl Like Her (uma garota como ela), é um filme em formato de documentário, que conta a história de duas garotas que já foram amigas.
Aos 16 anos, Jessica Burns tem sofrido com as maldades e perseguições de Avery Keller, uma das meninas mais bonitas e populares do colégio. Com a ajuda de seu amigo Brian e uma câmera, o bullying começa a ser gravado, fazendo com que quem esteja assistindo se sinta na pele da vitima. As gravações são mostradas  a todos, e isso traz uma reviravolta na vida das meninas. O filme retrata os dois lados, assim conseguimos ter a visão da vítima e do praticante do bullying.


-Amizade Desfeita , é pra você que curte um filme de terror e ficção!
Laura Barns é uma menina que tira sua própria vida quando um vídeo constrangedor seu cai na internet. Um ano depois, um grupo de seis amigos estão conversando via Skype, e um usuário com o nome de “Billie227” entra na sala de bate-papo. E senhoras e senhores, se segurem e se acalmem que o que você vai ler agora não é spoiler... O usuário é  Laura Barns. A garota ameaça o grupo de amigos, e passa a revelar segredos.


-Bullying Virtualconta a história de uma adolescente chamada Taylor Hillridge, uma estudante do ensino médio, que acabou de ganhar seu primeiro computador e decidiu criar seu perfil em uma rede social. Tudo parece perfeito, até alguém interromper sua privacidade hackeando sua conta e espalhando histórias falsas a seu respeito. Taylor começa a sofrer experiências de humilhação e tenta superar o drama que é ser exposta em um ambiente virtual e físico (em sua escola). 
Esse você precisa ver!


-Pesadelo Social, mostra a vida de uma estudante chamada Cat, que está quase terminando o 3° ano do colegial e tem tudo para entrar em uma ótima universidade. Suas chances são atrapalhadas quando fotos impróprias de Cat são postadas em suas próprias redes sociais. Agora ela precisa fazer de tudo para limpar sua reputação e descobrir o culpado.


-13 Reasons Why, é um série que foi lançada esse ano e ficou super famosa.
Uma caixa de sapatos é enviada de Hannah para Clay, o que o  surpreende, já que a garota acabara de se suicidar. Dentro da caixa estão  13 fitas gravadas por ela com os “13 porquês”  de sua morte. Uma foto de Hannah compartilhada entre os colegas da escola foi um dos motivos, e nós fizemos um post sobre isso aqui no blog. Se você ainda não leu, dê uma conferida!

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=nHdoAaLiU2E

Curtiram? Conta pra gente.

Texto: Fernanda Hernandes




A realidade retratada na ficção

Cartaz oficial da série


E ai, galera, tudo bem?
Há alguns meses estava dando uma olhada nas redes sociais, quando me deparei com vários comentários sobre uma nova série da Netflix, 13 Reasons Why. Pesquisando mais sobre a série, descobri que se tratava basicamente de suicídio, mas foi só quando realmente parei para assistir que percebi que abordava muitos outros assuntos delicados, polêmicos, e que devem ser falados, como o cyberbullying e o assedio sexual.
A série é intimista e envolve o público na trama, faz com que nos sintamos próximos dos personagens e que nos identifiquemos com ao menos um deles.
Na série, a protagonista, Hannah Backer, tira a própria vida em consequência de vários pequenos fatos ruins que acontecem com ela, mas que juntos se tornaram insuportáveis, fazendo com que ela tome a decisão de tirar a própria vida.
Um dos "porquês" relatados na trama é o Cyberbullying, quando Hannah sai com um garoto e no dia seguinte é compartilhada uma foto íntima sua com todos da escola, ela é julgada e ridicularizada, e isso a desestabiliza completamente.
É extremamente importante que se fale sobre o assunto, pois quanto mais trazemos o assunto à tona, mais vidas poderão ser salvas. 
A série foi muito elogiada por alguns, por retratar temas delicados e importantes, mas também muito criticada por outros, por acreditarem que pode servir de gatilho para quem ja passou por situações parecidas, ou estejam vivendo isso no momento. Por isso é  muito importante que você conheça a si mesmo e assista a série somente se sentir-se preparado e forte o suficiente, pois a série mexe com o psicológico de quem está assistindo. Porém, apenas o fato de estarem falando sobre o assunto é considerando um fator positivo.
A série também trás outro aspecto importante, na história, apesar de Hannah não conseguir lidar com o que estava passando, a série tenta mostrar que ela não tomou a decisão correta, que por mais que ela se sentisse sozinha, na verdade não estava, e que muitos ao seu redor se importavam realmente com ela.
Então pare e pense, demonstre que se importa, as pessoas são diferentes, e sentem diferente, você não tem como saber o peso que uma palavra pode ter na vida de alguém.
Não seja um "porquê", e também não permita que eles influenciem sua vida e suas decisões.
Invente a sua própria história. 

Texto: Mayne Cristina

Como denunciar?

Foto por Lucas Diogo

E ai, pessoal? Sabemos que o cyberbullying é um tipo de violência praticada na internet, que consiste em agressões digitais, mensagens de ódio e divulgação de mensagens privadas,com a intenção de intimidar e hostilizar uma pessoa.
É considerado um cybercrime ou crime cibernético, geralmente ligados aos crimes de Ameaça (art. 147 do Código Penal); Calúnia (art. 138 do Código Penal); Difamação (art. 139 do Código Penal); Injúria (art. 140 do Código penal) ou Falsa Identidade (art. 307 do Código Penal).
Há também outros tipos de crimes virtuais, tais como, pedofilia infantil, racismo, homofobia, intolerância religiosa, spans, pirataria e xenofobia.

Você sabe como denuncia-los?


• Primeiro você deve juntar provas do ocorrido, salvando vídeos, emails, arquivos, prints, tudo o que puder documentar para comprovar a agressão que você sofreu.
Não ameace o agressor, ele pode apagar informações que podiam lhe ser útil para incriminá-lo.

• Essas informações que você juntou precisam ser autenticadas em um cartório, para que tenham valor e possam ser usadas em julgamento, então é extremamente importante que você faça isso.
Qualquer cartório tem a competência de emitir um documento para provar que o crime existiu na internet.

• Com as provas já em mãos e autenticadas procure à policia, há Delegacias Especializadas em Crimes Cibernéticos, mas são poucas pelo país, então se não tiver uma próximo à sua região não deixe de denunciar, procure a Delegacia da Policia Civil.

• Há como denunciar também no próprio site em que aconteceu a agressão. Sites como emails e redes sociais têm um espaço próprio para denunciar e solicitar a remoção de conteúdo ofensivo. Você também pode entrar em contato com determinado site utilizando o espaço reservado para a comunicação entre o prestador de serviço e o usuário.

• Você tem também a opção de denunciar os crimes virtuais na própria internet.
Nos sites da Policia Federal, Ministério Público Federal ou SaferNet.
A SaferNet é um projeto sem fins lucrativos que ajuda a orientar quem sofreu o cyberbullying ou outros crimes virtuais, esse site conta com o apoio de organismos importantes, cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito com a missão de defender e promover os Direitos Humanos na internet, e oferece apoio psicológico, ajudando e direcionando da melhor forma para denunciar a situação.

Agora você já sabe o que deve fazer em relação ao bullying virtual, não sofra calado!

Cyberbullying é crime. Denuncie! 


Texto: Mayne Cristina

O bullying desterritorializado

Arte por Lucas Diogo



Fala galera!
A chegada da internet trouxe muitas inovações como a de que todos pudemos ser prosumers (originado do inglês quer dizer produtor + consumidor de conteúdo), a maneira com que usamos nossas redes sociais vem evoluindo com opiniões de todos sobre vários assuntos expostos na internet, e que todos podem ler e ter liberdade de expressão, porém o lado ruim desta exposição é o cyberbullying que qualquer um pode comentar algo sobre você.

O bullying hoje em dia é desterritorializado, fenômeno que explica a quebra dos limites de tempo e espaço, por isso, pode acontecer na internet, nas redes sociais, ou seja, não tem um lugar específico como antigamente, que ocorria dentro do colégio ou em um espaço físico.

Ao postar algo na internet, como uma foto por exemplo, você está vulnerável à qualquer tipo de crítica sobre você, e uma vez postado não tem volta, as pessoas podem salvar a sua foto mandar em grupos de mensagens, onde outras pessoas começam com o cyberbullying e vira um ciclo de ódio gratuito. Isso pode ser pelo seu peso, alguma característica física, estilo, enfim qualquer diferença do padrão proposto pela sociedade pode ser motivo de piadas, xingamentos, e até ameaças.


Portanto, a tolerância as diferenças e a ética não devem ser deixadas de lado na hora de produzir qualquer conteúdo na internet, pois ninguém quer ou deve sofrer por ser "diferente".

Texto: Fernando Scerveninas

Relevar nem sempre é a melhor opção


E aí pessoal? Nosso grupo trabalhou uma pequena demonstração de como é sofrer com ofensas repetitivas e as consequências quando isso acumula e se torna maior do que nós mesmos. Clique em "Leia mais" para assistir e não esqueça de deixar a opinião nos comentários! O seu feedback é bem importante pra gente!

Cyberbullying: um relato pessoal

   
Foto por Fernanda Hernandes




   Por volta dos 15 anos, eu tinha inseguranças com meu corpo como a maioria das meninas adolescentes dessa idade.
   Eu via fotos das garotas de bíquini na praia, e eu também queria postar, mas a gente sempre fica com medo da reação dos outros, não é mesmo?
   Queria ser uma daquelas pessoas seguras de si que realmente não dão a mínima para o que estão falando ou pensando. Mas eu não sou assim.
   Pois bem, minha mãe tirou uma foto minha de costas, indo em direção ao mar. E eu adorei a foto. Consultei três ou quatro pessoas, tomei coragem e resolvi publicar.
   Nas primeiras horas, meu feed teve apenas algumas curtidas. Quando eu acordei no dia seguinte, um perfil criado somente para me insultar, havia comentado coisas ofensivas sobre a minha foto.
'Essa garota não é você' 'Pessoalmente você é uma baleia' 'isso é tudo photoshop' 'Você é tão enorme que nem passa pelos corredores do colégio'.
  Na hora, me lembrei exatamente o porque estava tão relutante para postar a maldita foto. Eu sei cada palavra que foi escrita ali, e provavelmente quem escreveu não lembra de nenhuma. Aquilo foi o suficiente para me deixar abalada por dias.
  Eu apaguei, bloqueei o usuário. Contei para familiares e amigos e todos eles me falaram a mesma coisa: não liga pra isso porque é besteira.
  Eu amo vocês, familiares e amigos, mas não acredito que seja besteira.
  Por mais que nada do que dizem sobre você seja verdadeiro, quando uma pessoa afirma e reafirma, quando duas pessoas propagam, você passa a acreditar.
  Na minha viagem de formatura, ocorreu tudo outra vez e para a surpresa de muitos, os comentários vieram de uma pessoa com mais de 40 anos através de grupos do whatsapp, isso prova que o cyberbullying não é um fenômeno adolescente, é um fenômeno recorrente. Mais uma vez de bíquini, virei alvo de ofensas a respeito do meu corpo.
 Além do trauma imenso com roupas de banho e fotos de praia, tive alguns problemas com alimentação e auto-confiança, e até hoje isso reflete na minha vida.
 Uma palavra nunca é apenas uma palavra, uma notificação nunca é apenas uma notificação e uma curtida nunca é apenas uma curtida.
 Muitas águas se passaram, e o cyberbullying já tocou minha campainha outra vez, mas eu não abro mais a porta. Sou mais feliz dessa forma.


 

É Lei!

Foto por Giullia Micali


Não há tortura pior do que fazer uma pessoa se sentir excluída da sociedade e privá-la dos seus direitos.
Se enquadra como tortura qualquer imposição de dor física ou psicológica por crueldade ou sentimento de superioridade, bem como qualquer ato de intimidação. 
De acordo com o Estudo Penal, essa violação de direitos afeta a integridade física e mental e por estas razões viola o direito do cidadão de sua integridade, liberdade, convivência social pacífica, além do seu direito à vida com dignidade humana.
A lei Art. 5 dos Direitos Humanos e a lei 9455/97 da Constituição Federal nos garante que a tortura é CRIME equiparado à hediondo, inafiançável, comprido sob regime fechado, com pena de 2 meses a 1 ano. 
E aí? Ainda acha que "é só uma brincadeira"? 

O cyberbullying e a intolerância religiosa

Foto por Fernanda Hernandes.




 Fala galera!
 Estava aqui pensando, como é ser praticante de qualquer religião na contemporaneidade?
Quando o assunto é contemporaneidade, é completamente imprescindível considerar que praticamente tudo tem influência direta da internet, e também das redes sociais.
Existe um mundo antes e depois da internet e tendo isso em mente, se cria a discussão de sempre: afinal, a internet é boa ou ruim?
Seguindo a linha da religião, junto com a internet surgem diversas plataformas que complementam e para algumas pessoas até substituem procedimentos das religiões. Existem por exemplo conferências, reuniões e missas transmitidas ao vivo pelo Facebook, canais no Youtube, aplicativos da bíblia com todo o conteúdo, sites de oração e milhares de outras maneiras de se manter conectado com a fé.
Em contraposição a esses benefícios que aproximam os indivíduos de seus hábitos de praticar religião e na onda de intolerância e preconceito que surgiram e foram encorajados pelas redes sociais, o cyberbullying ganha espaço para perseguir e aborrecer pessoas que optam por seguir uma religião, ou até mesmo optam por não seguir nenhuma.
Um vídeo que teve grande repercussão na internet mostra o caso de um traficante, que usa o nome de Jesus, para ameaçar à mão armada uma Mãe de Santo a destruir seu próprio centro de umbanda. O caso ocorreu na baixada fluminense e tudo foi postado no Facebook do traficante, que se vangloriava da atitude. Os comentários maldosos não deram pausa para a mulher. Enquanto uns criticavam a atitude, comentários com muitas curtidas eram “Essa religião nem deveria existir” “fez bem” “menos uma propagando essa religião do diabo”
Esse tipo de perseguição que ocorre no cyber espaço caracteriza a falta de respeito com as diferenças que ocorre da internet, e muitas vezes apoiada por outras pessoas, que cometem o cyberbullying apenas por curtir, compartilhar, comentar discursos de ódio em publicações como essas.
Raquel Santos conta o que sentiu quando sofreu cyberbullying pelos integrantes da classe por ser da religião umbanda. “Era uma tristeza me sentir excluída dos grupos sociais da escola. Não tinha amigos simplesmente pelo fato de não ter a mesma religião do que todos de lá”. Raquel tinha o apoio da família, e mesmo assim, conta que a dor não passava. No grupo de WhatsApp da turma, colegas mandavam fotos de macumba dizendo que foram todas feitas por ela. A tortura continuava conforme a rede social mudava: “No Facebook aconteceu uma vez, comentários preconceituosos em minhas fotos, mas pararam porque fui bloqueando aos poucos e não aceitava a amizade de pessoas que faziam isso comigo, justamente para parar de acontecer”
Esses casos não são exceção, e nem um pouco raros. Muitas pessoas enfrentam a perseguição pela internet que difama e abala a autoestima, e sem autoestima, cometem atrocidades contra si mesmas.
O cyberbullying se torna um fenômeno muito pior que o bullying na medida em que toma proporções gigantes que ultrapassam limites territoriais, como no caso da Mãe de Santo, onde haviam comentários de todos os cantos do país e após ser reproduzido pela rede globo, veículonacional. Além desse fator, o cyberbullyingé muito mais invasivo porque não acaba quando a criança, adolescente ou adulto sai do ambiente de estudo ou de trabalho. Continua ocorrendo pelo celular, pelo computador, tablet e qualquer outro ambiente virtual conectado à rede, e sem hora e local.
Voltando ao questionamento inicial, ser praticante de religiões diferentes, ou optar por não praticar nenhuma se complica pelo fato da exposição ser enorme na rede e os indivíduos sentirem que, apenas por ter acesso a alguma informação, têm o direito de opinar preconceituosamente sobre um hábito particular, achando que aquilo não afeta quem está por trás das telas.
O Brasil foi estabelecido como laico pela atual constituição e na teoria pressupõe-se que deve haver o respeito entre toda e qualquer escolha religiosa, portanto na prática isso tem que ocorrer.

Ao ver cyberbullying, por motivos religiosos ou não, denuncie.

Texto: Giullia Micali

Setembro Amarelo: Antes Tarde do que Nunca



Foto por Fernanda Hernandes


Fala galera!
É extremamente importante abordar o mês de setembro por aqui. 
Faz parte da conscientização do bullying virtual mostrar que muitas vezes a intensidade é tanta que traz finais nem sempre felizes. Então aqui vai a homenagem do nosso grupo



I
Aguenta, respira, se ama, não pira
O sol chegou depois de uma noite sem lua
Para os que têm a realidade crua.

Para os sem perspectiva de luz
Nesse mar imenso onde nadam baleias azuis
Para quem não aguenta mais a cruz

Mas não se preocupe, se ame, se cuide
Ali estão raios amarelos, com o doce do caramelo
Para adoçar e iluminar,
Para prevenir e remediar,
Para amar e confortar,
Os que só veem como alternativa, o fundo do mar.

II
Cê tem brow pra te apoiar
Cê tem carinho pra dar
Cê tem a facul pra se formar
Cê tem milhas pra rodar
Cê tem sonhos pra realizar
Cê tem vitórias pra comemorar
Cê tem outra história pra inventar
Setembro Amarelo

Texto: Giullia Micali